quarta-feira, 23 de abril de 2008


Lixo toma conta do Maranguapinho









créditos: Tarcisio Filho
Rio tomado pelo lixo causa preocupação para quem mora nas proximidades

Moradores que vivem as margens do rio Maranguapinho no bairro do Henrique Jorge em Fortaleza reclamam da quantidade de lixo que é jogado no rio. “Isso é um absurdo, ninguém faz nada para melhorar, outras pessoas vêm de longe para colocar o lixo nesse rio”. É o que conta a moradora Maria José que mora há 25 anos no local. Outro problema enfrentado com o acumulo de lixo são as doenças contraídas pelas crianças da comunidade.
Para quem vive a beira do rio Maranguapinho, no bairro do Henrique Jorge, em Fortaleza, está cada vez mais difícil conviver com a poluição provocado pelo acumulo de lixo jogado no rio, é possível encontrar até um sofá velho. E com a chuva, o mau cheiro aumenta e deixa a frente das casas dos moradores cobertos de lixo colocando em risco à saúde de todos. Até um sofá foi encontrado dentro do rio.
Maria José que mora no local há 25 anos nos contou que o rio maranguapinho sempre foi limpo e só depois de ter colocado a fossa para o rio acabou virando um caos. “È um perigo total até para as crianças. Tem menino que passa o dia tomando banho nesse rio imundo e acaba pegando doenças. Outras pessoas vêm de longe para colocar o lixo aqui, ninguém respeita mais”. Os moradores também reclamam da falta de assistência dos políticos. “Eles só vêm aqui em época de eleições, nesse tempo de chuva ninguém veio para perguntar a real situação” é o que relata dona Vanda que vive no local há mais de 15 anos. Ela e a Maria José são as moradoras que limpam quando o excesso de lixo invade a frente de suas casas.
De acordo com o site da prefeitura de Fortaleza existem ações que auxiliam comunidades nessas áreas de risco. Uma delas é o Habitafor (Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza) que já beneficiam 21 áreas de risco vinculado à vertente marítima e às bacias dos rios Cocó e também do rio Maranguapinho. As ações do Habitafor já beneficiaram 4.020 famílias com projetos de moradias. Outras 14.649 já estão com suas unidades em obras.
Tarcisio Filho

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